Livre Arbítrio.

O livre arbítrio é um tema que gera muitas discussões entre teólogos, cristãos, ateus, etc. Não há um consenso, é fato.

Ao refletir sobre esse tema lembro-me das palavras do Senhor Jesus em Mateus 12:39, "Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas".

Jesus citou Jonas àqueles que lhe pediam sinais como prova de sua autoridade. Podemos extrair várias lições da vida de Jonas, entre elas: tipifica Cristo (Mt 12.40), fala-nos da Soberania de Deus em relação à Natureza, às nações e ao livre-arbítrio do homem. Jonas apesar de receber uma ordem divina pôde escolher pra onde ir, teve oportunidade de arrependimento e o fez alcançando perdão e uma nova chance.

Apesar de Deus permitir que Jonas o desobedecesse, Jonas se encontrou na barriga de um peixe no fundo do mar louvando a Deus e desejando a salvação, e Deus deu-lhe outra chance. Deus, pelo seu poder soberano, conhece a cada um de nós e usa o seu poder para capturar a nossa atenção e nos dar oportunidade de seguir o seu desejo. [1]

Acerca do livre arbítrio C.S. Lewis escreveu: "O pecado dos homens e dos anjos foi possível porque Deus lhes concedeu livre-arbítrio, abdicando assim de uma parte de Sua onipotência (trata-se novamente de um movimento de esvaziamento ou rebaixamento), porque Ele viu que num mundo de criaturas livres, mesmo que elas caíssem, Ele poderia extrair (e esta é a reascensão) uma felicidade mais profunda e um esplendor maior do que num mundo de autômatos admitiria." [2]

Mas cuidado! Não devemos considerar a longanimidade de Deus como indício de que Deus não punirá o pecado: “Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento? Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento.” (Rm 2.4-5)

Fontes:

[1] - Estudos Bíblicos

[2] - Milagres / C. S. Lewis; tradução Ana Schäffer. - São Paulo: Editora Vida, 2006. p.186