A amizade é um sentimento misterioso, único e libertador.
Assim como a paixão ela pode nascer de um simples olhar, de um sorriso, uma palavra; mas, tal qual o amor, firma com a convivência. Duas almas que se espelham, que se completam, sem, no entanto, desejar a promiscuidade própria das paixões.
A amizade não conhece idade, religião ou preferência esportiva. Pode unir o jovem e o velho, o ateu e o crente, o rico e o pobre, o flamenguista e o corintiano. E se perpetua no tempo, é mais resistente que a paixão, pois, ao sentimento verdadeiro de amizade o amor, o companheirismo e a compreensão são inerentes. Nisso reside a sua força.
Mas o egoísmo pode distorcer esse sentir que é belo, pois quer tudo pra si na hora exata, não compartilha. E, assim, persegue o que lhe é precioso, minando o espaço alheio, procurando preencher seu próprio vazio com a essência do outro, criando brechas para os desentendimentos e, por fim, a morte da amizade.
A distância passa, então, a castigar o coração do ser abandonado, a cumplicidade cede lugar à solidão e a alegria à tristeza.
Amizade e egoísmo são antagônicos. A amizade cede, o egoísmo prende; a amizade preenche, o egoísmo esvazia.
Sejamos, pois amigos desprendidos, deixemos o outro alçar seus voos, olhemos o mundo ao redor e procuremos algo de belo que nos lembre de nossos amigos, e, assim, aqueceremos nossas almas por saber que em algum lugar um coração amigo bate no mesmo ritmo que o nosso. E, dessa forma, nunca nos sentiremos sós.
Quênia G G da Mata em 22/09/2011
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