Senhor, não te importas?
Então, em meio ao alvoroço da casa, e já se sentindo frustrada por perceber-se incapaz de “fazer tudo”, Marta começa a procurar por sua irmã Maria. “Posso enxergar a raiva que ferve dentro de Marta ao encontrar sua irmã preguiçosa sentada aos pés do Mestre na sala de estar.” Afinal era algo totalmente inadequado para uma mulher naquele tempo! E Marta explode! Está tão convicta de que está fazendo a coisa certa, e que até Jesus ficará do seu lado, que diz ao Mestre: “Senhor, não te importas?”
Ainda que Marta tenha sido a primeira pessoa a perguntar para Jesus “Senhor não te importas?”, definitivamente não foi a última. Todas nós sentimos a solidão, a frustração, exaustão e o ressentimento experimentado por ela na cozinha, naquele dia em Betânia.
Talvez a resposta que Marta esperava era essa: “Desculpe Marta, como somos insensíveis. Venha Maria. Venham rapazes. Vamos todos nos unir e dar uma ajuda à Marta.” Quando nos sentimos sobrecarregadas desejamos ouvir palavras serenas e muita ajuda. Mas Jesus não disse à Marta o que ela desejava ouvir, mas o que ela precisava ouvir.
O Diagnóstico
Jesus gentimente a repreende, dizendo: “Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.”
O impressionante é que Jesusao corrigi-la não disse: “Porque você não pode ser mais parecida com sua irmã Maria?” Ele sabia que Marta nunca seria Maria e Maria nunca seria Marta. Somos todas diferentes e foi assim mesmo que Deus nos criou. Mas quando ambas estiveram diante da mesma escolha – de trabalhar ou de adorar – Jesus disse “Maria escolheu a melhor parte”. A melhor parte estava disponível tanto para Maria quanto para Marta.
Mas como escolhemos a melhor parte e ainda conseguimos fazer tudo o que realmente deve ser feito? Qual é a desculpa que estamos usando para não se sentar aos pés de Jesus?
A desculpa de Marta era o dever. Ela deveria limpar e cozinhar. Pensava que não tinha tempo e talvez até direito para sentar-se aos pés de Jesus.
A nossa justificativa pode ser o trabalho, os filhos, ou ainda a preguiça. Não importa o quão significativo seja a atividade, se a usamos como desculpa para manter Deus à distância, essa atitude é pecado. Às vezes dizemos: “Hoje não posso dedicar um momento para o Senhor, não tenho tempo.” Mas a questão é a seguinte: quanto mais agitado for o dia, mais tempo será necessário para dedicar ao Salvador.
Voltando nossa atenção à Marta podemos perceber que ela tinha familiaridade com Jesus, e foi até Ele expôr suas frustrações e revolta. Que possamos fazer igual à Marta, quando estivermos com nosso coração desolado! Que possamos ir até Jesus contar nossas dores e preocupações e ele nos responderá de acordo necessitarmos.
Continua...
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