Quando eu era adolescente ("ah que saudades que tenho da aurora da minha vida! rsrs), eu tinha um diário, daqueles com cadeadinho, que se compra em qualquer papelaria. Era o meu tesouro. Ali eu escrevia minhas frustrações e decepções (como adolescente tem mania de se decepcionar!), e também minhas observações acerca do comportamento daqueles com quem convivia...
Era muito interessante.
Quando escrevia sobre algo que me frustrava era como se a caneta e o papel tivessem o poder de colocar pra fora da minha alma aquilo que estava me fazendo sofrer. Como num passe de mágica a cada palavra escrita eu ia me sentindo mais leve e mais feliz. Muitas vezes escrevia chorando, outras vezes colocando muita pressão sobre o papel...E assim ia me libertando...
Era meu consultório particular...
Mas quando tinha vivido momentos felizes eu escrevia pra nunca mais esquecer, e enquanto escrevia, revivia as risadas, os abraços, os beijos, os acenos dados...e então me sentia ainda mais leve, feliz e tranquila...
Hoje, às vezes, pego aquele diarinho já um tanto amarelado e o releio. Dou muitas risadas, choro de novo, relembro...
Há muito que não escrevia de novo. As correrias da vida me fizeram parar, e acumulei tensões que não tinham mais pra onde escapar!
Hoje sei que foi um erro. Não devia ter deixado de escrever! A gente é o que é!
Da era da papelaria pra era da tecnologia. Hoje temos o Blog. Adoro! Não sei muita coisa, mas estou aprendendo!
Da era da papelaria pra era da tecnologia. Hoje temos o Blog. Adoro! Não sei muita coisa, mas estou aprendendo!
Mas há uma semelhança entre meu velho diário e o blog: quando escrevia à caneta, trancava o cadeado pra ninguém ler mas mesmo assim escrevia como se alguém fosse ler. Aqui no blog é a mesma coisa, sei que ninguém vai ler, mas mesmo assim escrevo a alguém imaginário. É suficiente!
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe registrado o seu comentário, a sua opinião, é importante para o crescimento desse trabalho.
"O que ama a correção ama o conhecimento;"Pv 12:1a